Independência da América Latina

Foram diversos os fatores que influenciaram a América Latina, a América colonizada por europeus, principalmente por espanhóis, a buscarem seus processos de independência, dentre eles podemos citar:

Revolução Industrial

A revolução industrial aconteceu inicialmente na Inglaterra (obs.: Espanha é a "inimiga" histórica da Inglaterra, já que contribuiu para que a principal colônia da Inglaterra se tornasse independente, entre outros fatores), e com a produção em massa e o aumentos das indústrias, a busca por um mercado consumidor aumentou também, por conta disso, a Inglaterra acabou incentivando as colônias espanholas a buscarem independência, além de que eram contra a escravidão, já que escravos não recebiam pagamentos e não poderiam ser compradores dos produtos.

Sociedade Colonial

No topo da pirâmide encontravam-se os chapetones, que eram os espanhois nascidos na Espanha, os colonos brancos que ocupavam os altos cargos, a elite administrativa.

Já os criollos eram os filhos desses espanhóis nascidos na América, grandes fazendeiros, a elite econômica, mas não podiam ocupar cargos administrativos, muitos deles iam para a Europa estudar. Existiam também os mestiços, filhos de espanhóis, fazendeiros com nativas, eram livres, mas não possuíam riquezas, os indígenas, os nativos geralmente utilizados como mão de obra e os africanos escravizados.

Iluminismo

A ideia de liberdade do iluminismo foi uma plano de fundo para tais acontecimentos, o iluminismo foi a influência ideológica desses movimentos, além de que os criollos quando iam estudar na europa acabavam tendo contato direto com essas ideias e então por que não se tornar independentes? Além do mais, havia um exemplo que deu certo, os EUA, sendo assim por que eles não poderiam ser independentes também?

Pacto colonial

A relação entre a metrópole(Espanha) e suas colônias, no caso da américa espanhola divididas em vice-reinos, consistia em um mercantilismo, monopólio comercial. Entretanto, juntamente com os fatores já citados as colônias acabaram por desenvolver interesses próprios, ideais mais autônomos, ou seja queriam romper com o pacto colonial, queriam a independência.

Era Napoleônica

O bloqueio continental imposto por Napoleão, com o objetivo de excluir a Inglaterra da economia não saiu como o planejado, e a Inglaterra, como anteriormente citado, em sua busca por mercado consumidor, por novos compradores procurou as colônias latino-americanas e ajudou-as em seus processos de independência.

É possível observar que, todos esses processos revolucionários tiveram grande influência criolla, isso se justifica pelo já citado fato de que esses criollos queriam participar das decisões administrativas e não só participar da economia, além de toda a questão do contato com o Iluminismo, a partir de estudos na Europa.

Projeto Unitarista de Simon Bolívar

O Projeto de Simon Bolívar tinha por objetivo, reunir, unificar as colônias agora independentes em uma grande República, ele queria transformar o norte da América do Sul em um único país chamado Gran Colômbia, afirmando que tal medida ajudaria na estabilidade do território, entretanto, as diferenças das regiões, juntamente com os criollos que não queriam perder seu poder reprimiram esse projeto.

Projeto de José de San Martin

A ideia de San Martin consistia em transformas as antigas colônias da Região Platina em monarquias constitucionais, afirmando também que trariam estabilidade além de amortecerem os efeitos de uma fragmentação após a independência. Além disso, José ficou muito conhecido por ajudar nos processos de independência em toda a América do Sul, principalmente na própria Região Platina.

E por que a América Espanhola acabou toda "recortada", enquanto o Brasil, por exemplo, se manteve como um território de proporções continentais?

Além das questões de administração das colônias, semelhantemente ao acontecido com o projeto de Bolívar, as diferenças regionais eram bem presentes, assim como os criollos locais queriam manter o domínio sobre o poder econômico e político, que acaram por resistir à uma unificação.